Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estão sendo considerados para integrar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a partir de 2025. A informação foi divulgada pela colunista Andreza Matais, do UOL.

De acordo com a jornalista, Lula teria iniciado negociações com Lira e Pacheco para sua possível inclusão no primeiro escalão do próximo governo. Esta movimentação ocorre em um momento em que ambos se aproximam do fim de seus mandatos à frente das respectivas Mesas Diretoras, já que não podem concorrer novamente às presidências das Casas Legislativas.

As conversas iniciais ocorreram na semana passada, em encontros separados entre Lula e os dois parlamentares, e devem ser retomadas nos próximos dias. A inclusão de Lira e Pacheco no governo faz parte de uma estratégia para reduzir a influência de Ciro Nogueira (PP-PI), um aliado de Jair Bolsonaro (PL) e figura central na oposição.

Rodrigo Pacheco, membro do PSD e aliado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é visto como um potencial adversário de Lula nas eleições de 2026. Pacheco já foi cogitado para um ministério anteriormente, com discussões sobre o tema sendo reportadas pela Folha de S.Paulo em maio. Um cargo ministerial manteria Pacheco em evidência e apoiaria sua possível candidatura ao governo de Minas Gerais em 2026.

As negociações também envolvem o futuro das presidências da Câmara e do Senado. Segundo o UOL, um apoio de Lula a Elmar Nascimento (BA) para a sucessão de Lira na Câmara e a Davi Alcolumbre (AP) para o Senado poderia criar uma aliança entre o União Brasil e o PT para as eleições de 2026. O União Brasil, atualmente a terceira maior legenda do país, planeja lançar a candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, um opositor ao governo Lula. Arthur Lira, embora tenha evitado comentar sobre sua sucessão recentemente, teria Elmar Nascimento como seu candidato preferido.